quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Votação do Código Florestal no Senado será teste para ruralistas

Bancada do agronegócio quer manter a 'anistia' a quem desmatou até 2008.
Presidente Dilma Rousseff já ameaçou vetar ponto polêmico no projeto.


     A segunda etapa da votação da reforma do Código Florestal, marcada para esta quarta-feira (9) nas comissões de Agricultura e Ciência e Tecnologia, testará o poder da bancada ligada ao agronegócio.
     O teste tem como objetivo liberar as áreas desmatadas até 2008 e ocupadas por pastos ou plantações da exigência de recuperar a vegetação nativa, sobretudo às margens de rios, nas chamadas Áreas de Preservação Permanente (APPs).
     Nesta terça-feira (8), os ruralistas ainda detalhavam a estratégia para o confronto. Mas o objetivo é retirar do texto básico aprovado mais cedo nas mesmas comissões a exigência de recompor a vegetação nativa de 15 metros a cada margem dos rios mais estreitos, até 10 metros de largura.
     Essa exigência aparece no artigo 56 do relatório do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), aprovado em uma reunião conjunta da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) e da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA).
     O senador defende um texto que possa ser aprovado pela Câmara e também passar pela sanção da presidente Dilma Rousseff. A presidente já ameaçou vetar a "anistia a desmatadores" e a ameaça à existência das Áreas de Preservação Permanentes.

Contrapartidas


     Para tentar conciliar interesses conflitantes, Silveira liberou a recomposição de parte das áreas de reserva legal e de preservação permanentes ocupadas pelo agronegócio, mas manteve a exigência de proteção do meio ambiente, como querem ambientalistas. Cria ainda um programa de incentivos para a recuperação da vegetação nativa nas propriedades, inclusive por meio de abatimento no Imposto de Renda.
     A reação dos ruralistas à proposta foi encabeçada por um correligionário do relator: o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. "Queremos o respeito às áreas consolidadas, não vamos aceitar que mudem isso", disse Colatto, embora a exigência de recuperação de 15 metros de vegetação nativa às margens de rios fosse objeto de acordo na Câmara, no relatório do agora ministro do Esporte, Aldo Rebelo.


Sem prejuízo



     Dados do Ministério da Agricultura apontam que 430 mil km² de Áreas de Preservação Permanentes foram desmatados para abrir espaço à atividades agropecuárias. Os ruralistas não querem perder essa área de plantio e pastos.
     Colatto adiantou também que os defensores do agronegócio querem autonomia dos Estados para estabelecer regras para os programas de recuperação ambiental. Tampouco aceitam a definição dada à pequena propriedade no texto aprovado hoje por unanimidade (15 votos) na Comissão de Agricultura e 12 votos contra 1, na Comissão de Ciência e Tecnologia. Essa definição é considerada restrita à agricultura familiar.
     Depois da votação prevista para a manhã desta quarta-feira, a reforma do Código Florestal ainda irá à votação na Comissão de Meio Ambiente, numa escala para o plenário do Senado. A ideia é concluir a votação do código ainda neste ano.

Abatimento no Imposto de Renda


     A nova versão da reforma do Código Florestal em debate no Senado traz, entre as principais novidades em relação ao texto aprovado na Câmara, a possibilidade de desconto no Imposto de Renda de gastos com a recomposição de vegetação nativa nas propriedades rurais do país.
     A medida faz parte de um pacote de incentivos a ser detalhado pelo governo no prazo de seis meses, com a intenção de estimular a recuperação de parte dos 870 mil quilômetros quadrados de áreas protegidas já desmatados.
     Os incentivos, como linhas de financiamento especiais e descontos no Imposto Territorial Rural, só valerão para os proprietários rurais que se comprometerem a seguir as regras de proteção do meio ambiente, diz o relatório do senador Luiz Henrique da Silveira.



fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/11/votacao-do-codigo-florestal-no-senado-sera-teste-para-ruralistas.html 




sábado, 10 de setembro de 2011

09 DE SETEMBRO - DIA DO MÉDICO VETERINÁRIO

Foi no dia 9 de setembro de 1933, através do Decreto nº 23.133, que o então presidente Getúlio Vargas criou uma normatização para a atuação do médico veterinário e para o ensino dessa profissão. Em reconhecimento, a data passou a valer como o Dia do Veterinário. Mas escolas de veterinária já existiam no Brasil, desde 1910.

É chamada de medicina veterinária a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doenças dos animais domésticos e o controle de distúrbios também em outros animais.

Pessoas se dedicam a tratar de animais desde os tempos antigos, desde que começaram a domesticá-los. A prática da veterinária foi estabelecida desde 2.000 a.C. na Babilônia e no Egito. Porém, segundo alguns registros encontrados, remonta a 4000 a.C.

O Código de Hammurabi, o mais completo e perfeito conjunto de leis sobrevivente, que se encontra hoje no Museu do Louvre francês, desenvolvido durante o reinado de Hammurabi (que viveu entre 1792 e 1750 a.C.) na primeira dinastia da Babilônia, já continha normas sobre atribuições e remuneração dos "médicos de animais".
Na Europa, a história da veterinária parece estar sempre ligada àqueles que tratavam os cavalos ou o gado.

Os gregos antigos tinham uma classe de médicos, chamada de "doutores de cavalos" e a tradução em latim para a especialidade era veterinarius. Os primeiros registros sobre a prática da medicina animal na Grécia são do século VI a.C., quando as pessoas que exerciam essa função - chamados de hippiatros (hipiatras, os especialistas da medicina veterinária que tratam dos cavalos) - tinham um cargo público. As escolas de veterinária surgiram na Europa no meio do século XVIII, em países como Áustria, Alemanha, Dinamarca, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Polônia, Rússia e Suécia.

O marco do estabelecimento da medicina veterinária moderna e organizada segundo critérios científicos é atribuído ao hipólogo francês Claude Bougerlat, na França de Luís XV, com a criação da Escola de Medicina Veterinária de Lyon, em 1761. A segunda a ser criada no mundo foi a Escola de Alfort, em Paris.

O Imperador Pedro II esteve, no ano de 1875, visitando a escola parisiense de Medicina Veterinária de Alfort e com a boa impressão que teve, decidiu criar condições para o aparecimento de instituição semelhante no Brasil, porém as duas primeiras escolas do gênero só apareceram no governo republicano: a escola de Veterinária do Exército, em 1914, e a escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, em 1913, ambas no Rio de Janeiro.

O capitão-médico João Moniz Barreto de Aragão, patrono da medicina veterinária militar brasileira, foi o fundador da Escola de Veterinária do Exército em 1917, no Rio, mas a profissão não tinha regulamentação até o Decreto de Getúlio Vargas, de 9 de setembro de 1932, que vigorou por mais de trinta anos.

Para o exercício profissional passou a ser exigido o registro do diploma, a partir de 1940, na Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário do Ministério da Agricultura, órgão fiscalizador da profissão.

A partir de 1968, com a lei de criação dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária, foi transferida aos conselhos a função de fiscalizar o exercício dessa profissão e é também onde se faz o registro profissional.

A formação em medicina veterinária dura, em média, cinco anos, com os dois primeiros anos tratando das disciplinas básicas anatomia, microbiologia, genética, matemática, estatística, além de nutrição e produção animal. Depois é a vez de estudar as doenças, as técnicas clínicas e cirúrgicas e então optar pela especialização.

As especializações são clínica e cirurgia de animais domésticos e silvestres, e de rebanhos; trabalhar nas indústrias de produtos para animais, acompanhando a produção de alimentos, rações, vitaminas, vacinas e medicamentos; trabalhar em manejo e conservação de espécies, observando os animais silvestres em cativeiro para estudar a sua reprodução e conservação, implantando projetos em reservas naturais; fazer controle de saúde de rebanhos em propriedades rurais ou fiscalizar os estabelecimentos que vendem ou reproduzem animais; usando tecnologia, fazer melhoramentos de qualidade dos rebanhos.



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Cão farejador pode ser usado para detectar câncer de pulmão, diz estudo

Animais conseguiram identificar compostos voláteis que sinalizam a doença. Pesquisa foi conduzida no hospital Schillerhoehe, na Alemanha.

Cães farejadores podem ser a nova arma para detectar os primeiros estágios do câncer de pulmão em humanos, segundo aponta um estudo divulgado pelo European Respiratory Journal, publicação médica sobre o sistema respiratório. O trabalho foi conduzido por pesquisadores do hospital Schillerhoehe, na Alemanha.

Os cães foram treinados para detectar compostos orgânicos que evaporam com facilidade (VOCs, na sigla em inglês) e que estão ligados à presença do câncer. Durante o estudo, 200 voluntários - saudáveis, com câncer de pulmão e doença pulmonar obstrutitva crônica - tiveram a sua respiração "analisada" pelos cachorros treinados.

Os animais usados identificaram 71 pessoas com câncer de pulmão de um total de 100 possíveis. Os animais também foram eficientes em mostrar que outras 372 amostras - de um total de 400 - não apresentavam tumores.

Os primeiros estágios da doença nem sempre estão associados com sintomas e a descoberta precoce pode ser acidental. Já a técnica de detectar câncer de pulmão por meio de amostras do ar exalado por pacientes já havia sido desenvolvida, porém era considerada de difícil aplicação pelos especialistas.

No trabalho com os cães, os cientistas conseguiram não só identificar os tipos específicos de VOCs, mas também a saber afastar a influência da fumaça do tabaco na detecção. Como consequência, a equipe alemã conseguiu identificar marcadores estáveis para confirmar a presença de tumores no pulmão e que não se confundem com o cigarro, odores de comida e drogas.

Câncer de pulmão é causa de morte mais comum por tumor maligno no mundo. Já na Europa, a doença é a segunda mais frequente entre homens e mulheres, provocando 340 mil óbitos por ano no continente.

sábado, 6 de agosto de 2011

Declaração Universal dos Direitos dos Animais

Artigo 1º

Todos os animais nascem iguais diante da vida, e têm o mesmo direito à existência.


Artigo 2º

a) Cada animal tem direito ao respeito;

b) O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar os outros animais, ou explorá-los, violando esse direito. Ele tem o dever de colocar a sua consciência a serviço dos outros animais;

c) Cada animal tem direito à consideração, à cura e à proteção do homem.


Artigo 3º

a) Nenhum animal será submetido a maus tratos e a atos cruéis;

b) Se a morte de um animal é necessária, deve ser instantânea, sem dor ou angústia.


Artigo 4º

a) Cada animal que pertence a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu ambiente natural terrestre, aéreo e aquático, e tem o direito de reproduzir-se;

b) A privação da liberdade, ainda que para fins educativos, é contrária a este direito.


Artigo 5º

a) Cada animal pertencente a uma espécie, que vive habitualmente no ambiente do homem, tem o direito de viver e crescer segundo o ritmo e as condições de vida e de liberdade que são próprias de sua espécie;

b) Toda a modificação imposta pelo homem para fins mercantis é contrária a esse direito.


Artigo 6º

a) Cada animal que o homem escolher para companheiro tem o direito a uma duração de vida conforme sua longevidade natural;

b) O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.


Artigo 7º

Cada animal que trabalha tem o direito a uma razoável limitação do tempo e intensidade do trabalho, a uma alimentação adequada e ao repouso.


Artigo 8º

a) A experimentação animal, que implica em sofrimento físico, é incompatível com os direitos do animal, quer seja uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer outra;

b) As técnicas substitutivas devem ser utilizadas e desenvolvidas.


Artigo 9º

Nenhum animal deve ser criado para servir de alimentação, ser nutrido, alojado, transportado e abatido, quando, para isso, tenha que passar por ansiedade ou dor.


Artigo 10º

Nenhum animal deve ser usado para divertimento do homem. A exibição dos animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.


Artigo 11º

O ato que leva à morte de um animal sem necessidade é um biocídio, ou seja, um crime contra a vida.


Artigo 12º

a) Cada ato que leve à morte um grande número de animais selvagens é genocídio, ou seja, um delito contra a espécie;

b) O aniquilamento e a destruição do meio ambiente natural levam ao genocídio.


Artigo 13º

a) O animal morto deve ser tratado com respeito;

b) As cenas de violência de que os animais são vítimas, devem ser proibidas no cinema e na televisão, a menos que tenham como fim mostrar um atentado aos direitos dos animais.


Artigo 14º

a) As associações de proteção e de salvaguarda dos animais devem ser representadas a nível de governo;

b) Os direitos dos animais devem ser defendidos por leis, como os direitos dos homens.



sexta-feira, 29 de julho de 2011

Coreia do Sul anuncia ter criado cão modificado geneticamente que brilha

Beagle Tagon fica fluorescente sob luz ultravioleta, segundo pesquisadores.Pesquisa pode ajudar a descobrir cura de doenças em humanos.

Cientistas da Coreia do Sul afirmaram na quarta-feira (27) que criaram um cão que brilha, usando uma técnica de clonagem que pode ajudar a curar doenças em humanos, como os males de Alzheimer e Parkinson. A informação é da agência Yonhap.

Uma equipe da Universidade Nacional de Seul disse que a beagle fêmea, batizada de Tegon e nascida em 2009, fica com um brilho verde fluorescente sob luz ultravioleta, quando toma um certo tipo de antibiótico, a doxiciclina

Dois anos de testes foram feitos. A habilidade de brilhar pode ser "ligada e desligada", adicionando-se ou não a droga à comida da cadela. "A criação de Tegon abre novos horizontes, uma vez que o gene injetado para fazer a cadela brilhar pode ser substituído por genes que causam doenças graves em humanos", disse Lee Byeong-chun, o pesquisador-chefe, segundo a agência.

Ele disse que o cão foi criado usando tecnologia de tranferência de material nuclear de células que a universidade usou para fazer o primeiro cão clonado do mundo, Snuppy, em 2005.


Segundo ele, como há 268 doenças em comum entre humanos e cãos, criar cães que mostram esses sintomas artificialmente pode ajudar a criar tratamentos para doenças que afligem os humanos.

A pesquisa tomou quatro anos e gastou US$ 3 milhões, segundo a Yonhap. Os resultados saíram na publicação internacional 'Genesis'.








sexta-feira, 15 de julho de 2011

DEFENDA E AME OS ANIMAIS: CRIME de maus tratos

DEFENDA E AME OS ANIMAIS: CRIME de maus tratos

CRIME de maus tratos

Caso você veja ou saiba de maus-tratos cometidos contra qualquer tipo de animal, não pense duas vezes: vá à Delegacia de Polícia para que seja feito um registro de ocorrência.
Conforme o artigo 32 da Lei n.º 9.605/98(http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104091/lei-de-crimes-ambientais-lei-9605-98) é crime praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, doméstico ou domesticados, nativos ou exóticos. Tudo o que você conseguir para comprovar os fatos deve ser levado à Delegacia: nome e endereço de testemunhas, fotografias, laudo veterinário, placa do carro que abandonou o animal, etc.
Os atos de maus-tratos e crueldades mais comuns são: abandono; manter animal preso por muito tempo sem comida e contato com seus donos/responsáveis; deixar animal em lugar impróprio e anti-higiênico; envenenamento; agressão física; mutilação; utilizar animal em shows, apresentações ou trabalho que possa lhe causar pânico e sofrimento; não procurar um veterinário se o animal estiver doente.
 
 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Você é aquilo que faz, não aquilo que você diz

"Eu gostaria de ser rica e se fosse, daria a todas as crianças de rua, alimentos, roupas, remédios, moradia, amor e carinho."


Se uma criança de rua que não tem nada ainda deseja compartilhar, porque nós que temos tudo somos ainda tão mesquinhos?

Novo Código Florestal aumentaria em 47% o desmate até 2020, diz UNB

Estudo diz que novo CF pode derrubar 17 mil km² de mata em nove anos.

Pesquisadores compararam dados de devastação referentes a 2008.



Caso o novo Código Florestal for adotado pelo governo brasileiro da maneira em que está, o desmatamento no país pode aumentar 47% até 2020. A informação foi apontada em um estudo elaborado por pesquisadores da Universidade de Brasília, em parceria com cientistas da Holanda e da Noruega.

O projeto chamado Lupes (Política de uso da terra e desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento, na tradução do inglês) se baseia no total desmatado no país em 2008. Estima-se que se a atual lei, que estipula regras para a preservação ambiental em propriedades rurais, vigorasse até 2020, seria derrubado no país 1,1 milhão de hectares de floresta (11 mil km²) a mais que em 2008.
Entretanto, caso a legislação aprovada na Câmara entre em vigor, o desmate poderá ser 1,7 milhão de hectares (17 mil km²) superior ao total registrado há três anos, ou seja, o Brasil perderia até 2020 uma área de florestas equivalente a três vezes o tamanho do Distrito Federal.

Para se chegar a este índice, os pesquisadores analisaram desde 2007 uma região entre o centro-norte do Mato Grosso e a porção Sul do Pará. Esta área, com extensão de 1.200 km² (equivalente ao tamanho da cidade do Rio de Janeiro) passa por expansão da fronteira agrícola em direção à Amazônia e é cortada pela BR-163, estrada federal que liga Cuiabá a Santarém.
“O objetivo era avaliar o impacto das políticas públicas sobre o uso da terra. Esta área pode proporcionar uma alta no desmate da Amazônia devido às melhorias na rodovia. Seria facilitado o acesso à mata fechada”, afirmou Saulo Rodrigues Filho, vice-diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da UNB e coordenador da pesquisa.

Ainda segundo Rodrigues Filho, foram realizados cálculos matemáticos na pesquisa (que custou cerca de R$ 275 mil, bancados pela União Européia). Através desta estatística foi possível relacionar que o aumento do preço de commodities como a soja e a carne de boi se correlaciona de forma ‘perfeita’ com a taxa de desmatamento.
“Analisamos o impacto das políticas públicas de 1995 até 2010. Se a soja ou a carne bovina sofre uma alta no mercado internacional, o desmatamento aumenta na região da Amazônia Legal, porque haverá uma procura maior por essas culturas”, disse o pesquisador.

Impacto

Elaborado pelo deputado federal Aldo Rebelo (PC-do B/SP), a nova legislação foi aprovada no último dia 24, em votação realizada na Câmara, em Brasília. Criticado por ambientalistas e por membros do governo, alguns itens aprovados foram:

- Pequenas propriedades rurais de até quatro módulos fiscais, que podem variar de 20 a 400 hectares, ficam isentas de ter a reserva legal. Nas maiores, a reserva deve abranger entre 20 e 80% da propriedade, dependendo da região.

- Fica permitido incluir as áreas de preservação permanente na soma da reserva legal.

- Quem desmatou APP na margem de rio, que é de 30 metros, deve recompor apenas 15 metros.

De acordo com o professor da UNB, o aumento da devastação da Amazônia Legal na comparação entre agosto e abril de 2009/2010 e 2010 /2011 é uma demonstração de que a mudança no governo (eleição da presidente Dilma Rousseff) e na legislação sobre o uso do solo já causou uma aceleração neste processo.
Dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta um aumento de 27% no desmatamento entre os períodos (1457 km² entre 2009/2010 e 1848 km² entre 2010/2011).

“Essa flexibilização para os proprietários rurais, diminuição da reserva legal e redução das APPs (Áreas de Proteção Permanente) só vai diminuir a preservação. Era previsível que a revisão do código traduzisse em uma transgressão ambiental consentida”, afirmou Rodrigues Filho.

Código

O texto estabelece ainda que a União, estados e o Distrito Federal deverão criar programas de regularização ambiental para as propriedades rurais. Outro ponto polêmico foi a aprovação da emenda que garante a manutenção do plantio consolidado até julho de 2008 nas APPs de rios, encostas e topos de morro.

O governo não queria aprovar a emenda do jeito que estava e vai tentar derrubá-la (ou modificá-la) no Senado. A tramitação e análise do projeto com os senadores deve demorar mais seis meses.




quinta-feira, 21 de abril de 2011

SP lança programa para treinamento de cães-guias

Após adestramento, animais serão doados a pessoas com deficiência visual. Centro de referência será construído na USP.


O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (20) o lançamento do Programa Cão-Guia. O anúncio feito pelo governador Geraldo Alckmin prevê a construção de um centro de referência na USP, que será o primeiro centro público no país para treinamento de cães-guias.
Após o adestramento, os animais serão doados a pessoas com deficiência visual. Cães da raça labrador serão treinados por seis meses.



fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/04/governo-de-sp-lanca-programa-para-treinamento-de-caes-guias.html




segunda-feira, 18 de abril de 2011

Entidade liberta 500 cães que seriam abatidos para consumo na China

Caminhão foi parado em rodovia de Pequim neste domingo (17).
Cães seriam abatidos para consumo humano.

 
Grupo de protetores de animais libertam cachorros na Associação de Proteção Animal após um caminhão que levava 500 cães ter sido parado em rodovia de Pequim.

Os 500 cachorros seriam abatidos e vendidos como carne

domingo, 17 de abril de 2011

Em Brasília, protesto pede o fim do uso de animais em pesquisas


Protesto foi realizado na frente do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Grupo carregava faixas pedindo a libertação dos animais
.

Manifestantes fizeram um protesto neste sábado (16), em frente ao Ministério de Ciência e Tecnologia, em Brasília, contra o uso de animais em experimentos de laboratório. Carregando faixas e usandos roupas brancas manchadas com tinta vermelha, que representava sangue, os manifestantes pediram que os animais deixem de ser usados em pesquisas. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
 
fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/04/em-brasilia-protesto-pede-o-fim-do-uso-de-animais-em-pesquisas.html 

Novo caso aumenta para 13 número de golfinhos mortos no sul da BA

Balanço registra ocorrências nos últimos dois meses e meio. Animal foi encontrado sexta-feira em praia de Porto Seguro.

      A região sul do estado registrou mais um caso de encalhe de golfinhos. Na tarde de sexta-feira (15), um animal foi encontrado morto na praia por uma moradora de Porto Seguro, em uma das praias da Área de Proteção Ambiental Caraíva-Trancoso.
      Este é o segundo animal morto em sete dias e o 13º em dois meses e meio. Segundo a ONG PAT Ecosmar, este último é uma femea da espécie boto-cinza (sotalia guianensis) de pouco mais de dois metros de comprimento.
      Ainda de acordo com a ONG, dos13 golfinhos, somente um chegou na praia ainda vivo, mas morreu pouco mais de dois dias depois do encalhe. A necropsia revelou uma infeção generalizada, com deterioração do pulmão direito e úlceras no estômago e intestino.
      O elevado número de animais mortos em um curto período de tempo preocupa os ambientalistas da região, que já informaram os órgãos ambientais de fiscalização.








sábado, 5 de fevereiro de 2011

Filosofia Utilitarista

      Algumas pessoas recomendam a leitura de livros do Peter Singer, nomeadamente “Libertação Animal” ou “Ética Prática”, como tratando-se de livros de defesa dos direitos dos animais, mas tal é absurdo. É sempre bom conhecer diferentes visões sobre um tema, mas não se pode confundir utilitarismo com direitos. Peter Singer NÃO defende os direitos dos animais nem a abolição da exploração animal. Peter Singer é um utilitarista e, para ele, os animais podem continuar a ser explorados, desde que o façamos sem lhes causar sofrimento (o que só é possível em sonhos) ou que daí se retirem benefícios que o “justifiquem”.
      A filosofia utilitarista rejeita a noção de direitos e defende que as acções devem ser avaliadas consoante as consequências que delas resultam, escolhendo-se a acção que maximize os benefícios para todos os afectados. De acordo com Peter Singer, podemos dar-nos ao “luxo” de comer carne1 se os animais forem criados e abatidos de forma “humana” e podemos continuar a utilizar animais para experiências científicas2 desde que estas sejam proveitosas. Ou seja, para os utilitaristas, os fins justificam os meios. Peter Singer até admite o bestialismo3 (relações sexuais com animais de outras espécies) se o acto for mutuamente satisfatório. Em contraponto, quem defende os direitos e o valor inerente de cada indivíduo, jamais pode admitir sexo não-consensual (e nenhum animal não-humano pode dar consentimento para relações sexuais com humanos, da mesma forma que as crianças não podem).
      Devemos nós perguntar a um violador qual o prazer que retira da violação para pesar esse prazer face ao sofrimento da vítima? A maioria de nós rejeita imediatamente e em absoluto uma teoria moral que sequer coloque este tipo de questões. Contudo, aplicada aos animais, a teoria utilitarista dá jeito, pois permite considerar os animais como seres sem valor intrínseco e continuar a usá-los para os nossos fins — o que talvez explique a popularidade da obra de Peter Singer entre muitas organizações e “defensores” dos animais que promovem a reforma da exploração animal, ao invés de promoverem a abolição da mesma.


1. Entrevista de Peter Singer à revista The Vegan, Outono de 2006
2. “Animal guru gives tests his blessing”, The Observer, 26 de Novembro de 2006
3. Peter Singer, “Heavy Petting”, 1 de Março de 2001

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Abatedouros de Vidro

Infelizmente, como um povo que parou no tempo, vivemos em um mundo que a cada dia reflete mais e mais uma realidade que parecia ter sido eximida do cotidiano social. Acreditando que animais prenhes tem a carne mais macia, um ganho de peso muito maior, e que os olhos da Vigilância são cegos, produtores insistem ainda em mandar para o abate animais em gestação inicial ou mesmo adiantada.
Uma realidade difícil de ser controlada e até mesmo descrita, tanta crueldade que ultrapassa todo e qualquer preceito social, filosófico ou até mesmo espiritual repassada do pai para o filho durante milhões de anos.
É inestimável tanto sofrimento, uma vaca pendurada pelos membros posteriores, pescoço dilacerado, e mesmo assim ainda luta pelo seu segundo coração que pulsa freneticamente no seu corno uterino, mas ela não tem escolha, se ao menos pudesse falar, mas mesmo que falasse não seria poupada, afinal o “ser humano” precisa de uma fonte proteica que seja ANIMAL para se saciar.
Assim vai dia vem dia e mais e mais animais nesse estado são abatidos, e quando desce aquele monte de vísceras, vem a expectativa “será que tem um feto aí no meio”, pois é tem um feto aí no meio, útero gravídico, gestação do corno esquerdo, animal no terço final da gestação, e eis a questão o que fazer? Denunciar basta? Acho que não!
Soltar na mídia esta triste realidade e abrir os olhos da população? Acho que adiantaria. Pelo menos assim nossos governantes abririam os olhos aos nossos animais, que tanto se “oferecem” para nosso bem estar e tentariam mudar essa verdadeira carnificina.
Expor o problema regional ou nacionalmente, além da condenação da carcaça, aplicar pesadas multas aos produtores que destinaram esses animais ao abate, não se calar diante das situações, não deixando que se tornem só mais uma, seriam algumas alternativas. Mas como eu disse vai dia e vem dia e desce aquele monte de vísceras, “será que tem feto aí dentro?”
Isso realmente só deixaria o mundo de olhos abertos se os abatedouros tivessem paredes de vidro. Sábia Vigilância Sanitária que condena, e toma-lhe prejuízo ao produtor.

Por: Renato dos Santos

Posse responsável - AMAA*

A decisão de comprar ou adotar um animal de estimação, seja ele de raça ou sem raça definida, deve levar em conta o compromisso que se está assumindo perante o animal e a própria sociedade.

A expectativa de vida de um cão ou gato é de 10 a 15 anos e, com os avanços da medicina veterinária, da melhora da qualidade da alimentação e do tratamento dispensado aos animais, é cada vez menos raro animais de estimação que ultrapassam os 20 anos.

É preciso ter em mente que o animal precisa de cuidados diários: água, comida, carinho, limpeza do ambiente em que vive, etc. Além disso, o filhote (tão engraçadinho e pequeno, que até parece um bichinho de pelúcia) cresce, troca sua dentição (e como nos bebês humanos, isso incomoda, coça e dá-lhe morder tudo o que encontra pela frente) e não nasce sabendo onde fazer suas necessidades fisiológicas (também como os humanos, ele precisa ser ensinado).

Depois de cerca de um ano, o animal atinge a idade adulta e daí vem outras questões: será que o espaço que dispomos para o animal comporta um cão do tamanho que o lindo filhote atingirá? O que fazer com os filhotes do meu animal? Onde deixá-lo quando viajamos?

Além disso, seja um bichinho de raça ou sem raça nenhuma, ele precisa de vacinas, ele adoece, ele envelhece e com isso precisa de cuidados especiais, o que envolve custos financeiros cada vez mais elevados.

Por isso tudo, nunca se deve esquecer que bicho não é brinquedo, sente dor, frio, fome e medo. Se ‘enjoar’ do animalzinho, não se pode simplesmente jogá-lo na rua (isso é crime previsto no artigo 32 da Lei 9.605/98 - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9605.htm ), é sua obrigação encontrar um novo lar para ele e atendê-lo até encontrar este novo lar. Depois disso, ainda que você não sinta saudades dele, ele certamente nunca se esquecerá de você.

Se ainda assim você sentir uma vontade enorme de ter um amigo de quatro patas e assumir todos esses compromissos, PARABÉNS! Você acaba de escolher para sua vida momentos de pura felicidade, amor sincero, incondicional e companhia constante.


extraido de: http://amaa-fw.blogspot.com/

*Associação dos Melhores Amigos dos Animais - AMAA