sábado, 18 de setembro de 2010

Europa proíbe uso de grandes símios como cobaias para pesquisa científica

Nova regra proíbe uso de chimpanzés, gorilas e orangotangos.
Por ano, quase 12 milhões de animais viram cobaias na União Europeia.



A ciência será obrigada a deixar de utilizar na Europa os grandes símios em seus experimentos e terá que limitar ao máximo, de acordo com regras rígidas, o uso de outros animais, em uma decisão aprovada pelo Parlamento Europeu após dois anos de intensas negociações.
A nova regra proíbe o uso de chimpanzés, gorilas e orangotangos em experimentos científicos, enquanto o uso de outros primatas será objeto de uma "restrição estrita".
A Eurocâmara aprovou, em termos gerais, que as experiências com animais sejam substituídas, na medida do possível, por um método alternativo cientificamente satisfatório.
Os cientistas terão que trabalhar para que "a dor e o sofrimento infligidos sejam reduzidos ao mínimo", afirma o texto aprovado em sessão plenária pelo Parlamento Europeu, com sede em Estrasburgo (França).
Lei aprovada em 2009 proíbe testes de produtos cosméticos
em animaisO uso dos animais só pode acontecer nos experimentos que têm como objetivo fazer avançar a pesquisa sobre o homem, os animais ou doenças (câncer, esclerose múltipla, Alzheimer e Parkinson).
A norma, que tem prazo de dois anos para ser adotada pelos Estados europeus, completa uma lei aprovada em 2009 que proíbe os testes de produtos cosméticos em animais.
Mas o texto desagradou tanto os defensores de uma abolição total como os favoráveis à causa científica.
"O progresso da medicina é crucial para a humanidade e, infelizmente, para avançar é necessára a experimentação animal", afirmou o eurodeputado conservador italiano Herbert Dorfmann.
Já a eurodeputada parlamentar belga Isabelle Durant, verde, afirmou que "é possível reduzir o número de animais utilizados com fins científicos sem prejudicar a pesquisa".
Quase 12 milhões de animais são utilizados a cada ano com fins experimentais na UE. Segundo os especialistas, o estado atual do conhecimento científico não permite a supressão total do uso.

FONTE: Globo


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Espécie dada como desaparecida há 10 anos aparece morta no Laos

Saola tinha sido capturado no país do sudeste asiático em agosto de 2010.
Espécie é associada a unicórnios, apesar de possuir dois chifres.


Um animal conhecido como saola, encontrado e fotografado em agosto de 2010 em uma província do Laos, no sudeste asiático, foi anunciado como morto pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) nesta quinta-feira (16).
Visto na província de Bolikhamxay, o macho faleceu antes que uma equipe da  IUCN pudesse alcançar a área, localizada no centro do país. O saola foi mantido em cativeiro por moradores do local.
A espécie Pseudoryx nghetinhensis tem sido associada com unicórnios, mesmo possuindo dois chifres. Típica do sul da Ásia, os saolas não eram vistos há mais de 10 anos e são considerados um dos animais mais raros do mundo.
O governo local afirmou que a perda do animal é um azar, mas que o registro prova que outros exemplares podem habitar a região. Esforços para procurar por novos saolas serão intensificados, segundo as autoridades da província.

Especialistas do IUCN ainda pretendem estudar a carcaça do mamífero para entender mais sobre como mantê-lo em cativeiro. Saolas não existem em zoológicos e as técnicas para criá-lo sob observação ainda não são dominadas. A soltura do animal na natureza também pode causar sua extinção.


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Morre baleia franca encalhada no litoral sul de SC

Novo procedimento de eutanásia foi feito na madrugada desta terça (14).

Tratores são usados na remoção do animal.
A baleia franca encalhada em uma praia de Laguna, no litoral sul de Santa Catarina, morreu na madrugada desta terça-feira (14), depois de passar por um novo procedimento de eutanásia. Ela recebeu dosagens altas de medicamentos diferentes do que havia recebido e resistido na primeira tentativa, que ocorreu na última sexta-feira (10).
Segundo assessoria de imprensa do Projeto Baleia Franca, foram duas horas de procedimento até a morte da baleia. A primeira dosagem aplicada foi de sedativo, para que o animal não sofresse. Em seguida, foram aplicados os medicamentos para eutanásia. A baleia morreu por volta da 1h30 da manhã.

Maré baixa


Os medicamentos esperados para esta terça acabaram chegando na noite de segunda. Como a maré estava baixa, a equipe de veterinários e biólogos decidiu realizar o procedimento ainda durante a madrugada.
Na manhã desta terça, dois tratores iniciaram o trabalho de reboque. A baleia vai ser puxada para a areia, onde vai ser realizada a necropsia. O enterro da carcaça, num campo de dunas da região, deve acontecer daqui a dois dias.

eutanásia

Histórico

A baleia franca encalhou em 7 de setembro. Ela foi encontrada por pescadores, que acionaram a Polícia Ambiental. O animal media 15 metros e pesava cerca de 40 toneladas.
Tentativas de resgate com embarcações foram analisadas pelas equipes de veterinários, biólogos e instituições que estavam no local, mas, devido ao estado do mamífero e os riscos de resgate, tanto para as embarcações como para a baleia, o desencalhe foi descartado na quinta-feira (9).
No mesmo dia, o animal entrou em estado de choque, com baixa frequência respiratória e pouco reflexo na pálpebra do olho direito.
Na sexta (10), foi realizado o primeiro procedimento de eutanásia. A baleia resistiu à sedação.
Durante o fim de semana, os sinais vitais do mamífero continuaram fracos e inalterados. A pele da baleia começou a sangrar devido ao atrito com a areia.
A decisão por um novo procedimento de eutanásia ocorreu no domingo (12), depois que a equipe de veterinários e biólogos percebeu que os sinais vitais do animal permaneciam fracos e inalterados.




terça-feira, 14 de setembro de 2010

Eutanásia em baleia franca pode ser feita nesta terça em SC

Corpo técnico aguarda chegada de medicamentos.
Baleia resistiu ao primeiro procedimento, mas continua com sinais vitais fracos.


A baleia franca encalhada em uma praia em Laguna, litoral sul de Santa Catarina, desde o dia 7 de setembro, vai passar por um novo procedimento de eutanásia, que poderá ser realizado nesta terça-feira (8). Depois de resistir ao primeiro procedimento, na sexta-feira (10), o animal vai receber uma nova injeção com outros tipos de medicamentos.

Um grupo de trabalho formado por médicos, veterinários e representantes de instituições se reuniu, na manhã desta segunda-feira (13), para definir a realização da nova eutanásia. Segundo a assessoria do Projeto Baleia Franca, mais uma vez, o procedimento vai requerer uma alta dosagem de medicamentos, porém de outros tipos, para que possam surtir os efeitos esperados.

A equipe discutiu, durante a reunião, a logística para adquirir as medicações, já que vai ser preciso uma grande quantidade. Para isso, informou a assessoria, vai ser necessário entrar em contato com fornecedores que estão em diferentes regiões do estado.

O objetivo, segundo a assessoria, é conseguir os medicamentos até o início da manhã desta terça (14), para que o procedimento seja realizado no mesmo dia.

Desde a sexta-feira (10), quando a baleia resistiu à primeira eutanásia, ela se encontra com os mesmos sinais vitais de baixa frequência respiratória e pouco reflexo na pálpebra do olho direito. Segundo a assessoria, como o estado do animal permaneceu inalterado durante o fim de semana, e não se sabe até quando ele pode durar com este quadro, devido à estabilidade dos sinais, o corpo técnico optou por outro procedimento de eutanásia.

No sábado (11), a pele da baleia começou a sangrar devido ao atrito com o mar.

A baleia franca encalhou no dia 7 de setembro na praia de Itapirubá, no litoral sul de Santa Catarina. O animal de 15 metros e com cerca de 40 toneladas, foi encontrado por pescadores da região que acionaram a Polícia Ambiental.

As tentativas de resgate com embarcações não tiveram sucesso. A debilidade da baleia e os riscos tanto para o animal como para as embarcações, durante o resgate, impossibilitaram o desencalhe. Na última quinta feira (9), o resgate foi descartado pelos especialistas, e o mamífero entrou em estado de choque (baixa frequência respiratória e poucos reflexos).

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Biólogos cogitam aplicar mais uma vez injeção letal em baleia encalhada


Primeira tentativa de matar animal foi feita na sexta, mas ele continua vivo.
Mamífero está preso na areia há seis dias e tem dificuldades para respirar.

Os biólogos e veterinários que acompanham o estado de saúde da baleia encalhada desde terça-feira (7) na Praia do Sol, em Laguna (SC), avaliam neste domingo (14) a possibilidade de aplicar novamente uma injeção letal para provocar a morte do animal, que tem muita dificuldade em respirar e machucados devido o contato da pele com a areia. A decisão foi tomada após a baleia ter reagido as altas doses de sedativos e relaxantes que foram aplicadas na noite de sexta-feira (10).

A coordenação da operação, que é integrada pela Polícia Ambiental, Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca do Instituto Chico Mendes (APA), Marinha do Brasil, Projeto Baleia Franca, entre outras instituições e ONGs, estão em contato com especialistas de outros países para decidir se realizam uma nova intervenção ou esperam pela morte natural do animal.
"Estamos avaliando a possibilidade de um novo procedimento de eutanásia, desta vez com outros medicamentos e formas de aplicação. Entretanto, além da burocracia, esta situação envolve ferramentas especiais e um alto custo”, afirma Karina Groch, bióloga e diretora de pesquisa do Projeto Baleia Franca (PBF). “Desde que tenhamos a certeza de que esta é a melhor decisão a ser tomada, nosso empenho de tempo e conhecimento será integral e estamos comprometidos a ir em busca de recursos que possibilitem abreviar esta situação."

A primeira dose de medicamentos aplicada na baleia havia sido maior do que a recomendada por causa do tamanho e espécie do animal que tem 15,80 metros de comprimento e pesa cerca de 40 toneladas. De acordo com Karina Groch, o óbito era esperado para 40 minutos após o término do processo, que ocorreu por volta das 18h30 da sexta-feira. Porém, passadas mais de 40 horas, o animal ainda preserva os sinais vitais.

De acordo com comunicado enviado pelo PBF, as condições de saúde da baleia pioram rapidamente em função do seu tamanho e da duração do encalhe, diminuindo as chances de sobrevivência. Apesar disso, baleias com mais de 10 metros que encalham vivas tem maior resistência e podem levar mais de quatro dias até que ocorra a morte natural.

Segundo os especialistas, uma das explicações para que o animal continue vivo após seis dias preso na areia é a temperatura do litoral sul. "O fato do encalhe ter ocorrido numa região de clima frio pode estar contribuindo para o animal resistir por tanto tempo, pois um dos principais fatores que aceleram a morte dos animais encalhados é a hipertermia (aumento da temperatura corporal), que ocorre em função da incidência solar, comum em períodos de altas temperaturas ou em regiões de clima predominantemente mais quente", afirmou a médica veterinária Cristiane Koslenikovas.
No sábado (11) os voluntários passaram o dia todo jogando baldes de água para evitar o ressecamento da pele, mas o animal já está bem machucado. Karina, que também é médica veterinária e doutoranda em Patologia Animal e tem cinco anos de experiência com baleias da espécie jubarte, realizou o procedimento de coleta de amostras do borrifo (ar expelido pelos pulmões) do animal que está encalhado em Laguna, para analisar o material e averiguar a existência de doenças pulmonares que podem ter motivado o encalhe.
Outros procedimentos de coleta estão previstos para a realização dos exames neste domingo. O monitoramento das condições clínicas e a coleta de amostras do mamífero continuam neste domingo. Após o óbito se confirmar, será realizada a necrópsia da baleia e, segundo a gestora da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca do Instituto Chico Mandes (APA), Elizabeth Carvalho da Rocha, a carcaça será enterrada na região do encalhe, provavelmente num campo de dunas.

domingo, 12 de setembro de 2010

Baleia encalhada no litoral de SC resiste a eutanásia e continua viva

Na sexta-feira ambientalistas aplicaram injeção letal para matar animal.
Óbito deveria ocorrer 40 minutos após medicação, mas baleia ainda respira.

A baleia franca que está encalhada desde terça-feira (7) na Praia do Sol, em Laguna (SC), resistiu ao procedimento de eutanásia que teve início na noite de sexta-feira (10). De acordo com Karina Groch, bióloga e diretora de pesquisa do Projeto Baleia Franca (PBF), uma das entidades ambientais envolvildas no resgate, o óbito era esperado para 40 minutos após o término do processo, que ocorreu por volta das 18h30 desta sexta-feira. Porém, passadas mais de 24 horas, o animal ainda preserva os sinais vitais.
“Nós decidimos pela eutanásia para diminuir o sofrimento do animal depois que foi descartada a possibilidade de remoção, mas ele resistiu a medicação e está nas mesmas condições de ontem, sem mexer o corpo e respirando com dificuldade”, disse Karina ao G1. “É um caso inédito no país e a baleia é mais resistente do que a gente imaginou. Agora estamos de mãos amarradas aguardando pelo óbito natural.”

Segundo Karina, a dose aplicada na baleia foi maior do que a recomendada por causa do tamanho e espécie do animal que tem 15,80 metros de comprimento e pesa cerca de 40 toneladas. De acordo com a a gestora da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca do Instituto Chico Mandes (APA), Elizabeth Carvalho da Rocha, por enquanto está descartada uma nova dose de medicamentos. “Cabe a nós neste momento apenas continuar fazendo o monitoramento das condições de saúde da baleia e manter a pele dela hidratada”. O animal começou a perder sinais vitais na quinta-feira (9).

Segundo a assessoria de imprensa do Projeto Baleia Franca, os voluntários passaram o dia todo jogando baldes de água para evitar o ressecamento da pele, mas o animal já está bem machucado.

Neste sábado, a médica veterinária e doutoranda em Patologia Animal pela USP, Kátia Groch, que tem cinco anos de experiência com baleias da espécie jubarte, realizou o procedimento de coleta de amostras do borrifo (ar expelido pelos pulmões) do animal que está encalhado em Laguna, para analisar o material e averiguar a existência de doenças pulmonares que podem ter motivado o encalhe.

Após o óbito se confirmar, será realizada a necrópsia da baleia e, segundo a gestora, a carcaça será enterrada na região do encalhe, provavelmente num campo de dunas. A coordenação das operações é integrada pela Polícia Ambiental, Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca do Instituto Chico Mendes (APA), Marinha do Brasil, Projeto Baleia Franca, entre outras instituições e ONGs que se uniram para trabalhar no resgate do animal.

Veterinários decidem se vão fazer eutanásia em baleia encalhada em SC


Laudo técnico dos veterinários deve sair ainda nesta sexta-feira (10).
Se autorizado, procedimento pode ser feito na manhã deste sábado.


Equipes que trabalham no desencalhe de uma baleia franca desde terça-feira (7), na Praia do Sol, em Laguna (SC), aguardam o resultado de um laudo técnico, que está sendo elaborado por equipe de veterinários, para decidir se o animal deverá ser submetido a eutanásia. O resultado pode sair ainda nesta sexta-feira (10). Se confirmado, o procedimento pode ser realizado na manhã deste sábado.

Segundo a gestora da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca do Instituto Chico Mandes (APA) Elizabeth Carvalho da Rocha, o laudo técnico é que vai determinar se o procedimento deverá ser realizado. “A eutanásia vai ser feita caso se confirme no laudo a invencibilidade da situação da baleia. O código de ética dos médicos veterinários propõe a eutanásia para minimizar a dor do animal”, explica Elizabeth, que ainda disse que um medicamento inserido através de injeção, seria uma das maneiras de se realizar o procedimento.

Segundo ela, a baleia piorou e os sinais vitais estão muito fracos. “Baratas do mar já começaram a aparecer e a comer a pele do animal. Isso é sinal de fragilidade e morte eminente. A pele começa a se decompor porque ela está exposta ao sol, praticamente fora da água e a com a pele em fricção na areia,e isso provoca o aparecimento de feridas”, afirma a gestora da APA.

No caso da morte da baleia, ela disse que será preciso ajuda de maquinário pesado, do tipo retroescavadeira, para retirar o animal do local, e o enterro será próximo à praia, provavelmente num campo de dunas.

A baleia franca encalhou na manhã de terça-feira (7) na Praia do Sol, em Laguna (SC). Pescadores viram o animal e avisaram a Polícia Ambiental. Ela mede 15 metros e pesa cerca de 40 toneladas. A Polícia Ambiental, Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca do Instituto Chico Mendes (APA), Polícia Ambiental, Marinha do Brasil, Projeto Baleia Franca, entre outras instituições e ONGs se uniram para trabalhar no resgate do animal.

Um núcleo de especialistas em desencalhe formado por representantes de cada instituição estudou possibilidades de resgate da baleia, mas as condições do mar e de saúde do animal impossibilitaram o desencalhe através de embarcações. O animal começou a perder sinais vitais na quainta-feira (9).