domingo, 12 de setembro de 2010

Veterinários decidem se vão fazer eutanásia em baleia encalhada em SC


Laudo técnico dos veterinários deve sair ainda nesta sexta-feira (10).
Se autorizado, procedimento pode ser feito na manhã deste sábado.


Equipes que trabalham no desencalhe de uma baleia franca desde terça-feira (7), na Praia do Sol, em Laguna (SC), aguardam o resultado de um laudo técnico, que está sendo elaborado por equipe de veterinários, para decidir se o animal deverá ser submetido a eutanásia. O resultado pode sair ainda nesta sexta-feira (10). Se confirmado, o procedimento pode ser realizado na manhã deste sábado.

Segundo a gestora da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca do Instituto Chico Mandes (APA) Elizabeth Carvalho da Rocha, o laudo técnico é que vai determinar se o procedimento deverá ser realizado. “A eutanásia vai ser feita caso se confirme no laudo a invencibilidade da situação da baleia. O código de ética dos médicos veterinários propõe a eutanásia para minimizar a dor do animal”, explica Elizabeth, que ainda disse que um medicamento inserido através de injeção, seria uma das maneiras de se realizar o procedimento.

Segundo ela, a baleia piorou e os sinais vitais estão muito fracos. “Baratas do mar já começaram a aparecer e a comer a pele do animal. Isso é sinal de fragilidade e morte eminente. A pele começa a se decompor porque ela está exposta ao sol, praticamente fora da água e a com a pele em fricção na areia,e isso provoca o aparecimento de feridas”, afirma a gestora da APA.

No caso da morte da baleia, ela disse que será preciso ajuda de maquinário pesado, do tipo retroescavadeira, para retirar o animal do local, e o enterro será próximo à praia, provavelmente num campo de dunas.

A baleia franca encalhou na manhã de terça-feira (7) na Praia do Sol, em Laguna (SC). Pescadores viram o animal e avisaram a Polícia Ambiental. Ela mede 15 metros e pesa cerca de 40 toneladas. A Polícia Ambiental, Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca do Instituto Chico Mendes (APA), Polícia Ambiental, Marinha do Brasil, Projeto Baleia Franca, entre outras instituições e ONGs se uniram para trabalhar no resgate do animal.

Um núcleo de especialistas em desencalhe formado por representantes de cada instituição estudou possibilidades de resgate da baleia, mas as condições do mar e de saúde do animal impossibilitaram o desencalhe através de embarcações. O animal começou a perder sinais vitais na quainta-feira (9).

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